O Exército de Israel sediou uma conferência internacional sobre “doutrina militar” na última semana, com dezenas de delegados de trinta instituições militares de todo o mundo, relatou o jornal israelense The Jerusalem Post.
O evento foi organizado pelo chamado Braço Doutrinário das Forças em Terra e pelo setor de relações internacionais do exército israelense.
Representante da Alemanha, Estados Unidos, Grã Bretanha, Holanda, Itália, Finlândia, Filipinas, entre outros, compareceram ao evento.
Segundo relatos, a conferência “permitiu que oficiais de diversas instituições militares compartilhassem conhecimento sobre questões e ameaças comuns”.
O Tenente-Coronel Tsach Moshe, chefe do Braço Doutrinário das Forças em Terra do Exército de Israel, declarou ao Jerusalem Post que representantes compareceram porque consideram o exército israelense como “absolutamente experiente”.
“Querem nos ouvir e ouvir outros países. Muitos destes países estão na OTAN, mas sempre dizem que, quando vêm até aqui, que não é ambiente da OTAN, podem ouvir relatos sobre os mais variados assuntos a partir de uma perspectiva distinta.”
Moshe ainda afirmou que o Exército de Israel também pretende aprender com forças armadas de outros países a partir deste encontro.
Um exemplo citado pelo oficial militar foi o diálogo entre o exército israelense e o exército britânico, a fim de incorporar métodos táticos de guerra utilizados pela Grã Bretanha à doutrina militar de Israel.
“Durante a segunda conferência, ouvimos que os britânicos têm um grande conceito para métodos táticos de guerra. Enviamos uma delegação ao exército britânico e aprendemos um pouco sobre a ideia a partir dali.”
“Os britânicos têm muitas coisas que gostaríamos de aprender, incluindo sistemas de manobra multidimensionais, que desejamos realizar. O exército deles possui bastante conhecimento”, reiterou Moshe.
E concluiu: “O que é mais importante para nós, provavelmente para todos nós, é realizar discussões sobre questões que nos permitem absorver a experiência de outros exércitos em campo, estudá-los e não esperar que tais questões cheguem primeiro ao Oriente Médio.”