A Autoridade do Mercado de Capitais da Arábia Saudita (CMA) concedeu prazo até o fim de março para que empresas registradas no mercado de ações do país – conhecido como Tadawul – declarem seus registros anuais para 2019.
A imprensa local recentemente reportou que a Companhia Árabe Saudita de Petróleo (Aramco) – maior produtora do mundo – ainda não tornou público seus relatórios financeiros e empresariais, à medida que boa parte das companhias energéticas sauditas já registraram graves perdas, segundo analistas.
A rede de notícias Arab21 relatou ontem (25) que catorze companhias sauditas incorreram em perdas de bilhões de dólares durante 2019. A reportagem acrescentou que a gigante petroquímica estatal SABIC incidiu em perdas no valor de 5.63 bilhões de riyals sauditas (equivalente a US$ 1.5 bilhão), registrando uma queda de 73.84 por cento nas vendas da empresa.
Yousseg Al-Bunyan, diretor executivo da SABIC, declarou que sua companhia incorreu em perdas no valor de 720 milhões de riyals sauditas (US$ 191.9 mihões) durante o último trimestre de 2019 – primeira queda em mais de dez anos. Al-Bunyan alegou que as graves perdas sofridas são resultado de um “declínio global na demanda, altos preços das matérias-primas e diminuição nos preços dos produtos petroquímicos.”
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e a coalizão de países produtores de petróleo não-membros da OPEP, liderada pela Rússia, concordaram em dezembro último em diminuir o nível de sua produção coletiva em 1.2 milhões de barris por dia. Mais tarde, decidiram estender a redução até o fim de março de 2020, a fim de conceder apoio aos preços de petróleo bruto.