Ontem, uma delegação do Hamas se encontrou com o embaixador venezuelano, Jesus Gregorio, na capital do Líbano, Beirute.
A delegação foi liderada pelo representante do Hamas no Líbano, Ahmed Abdel Hadi, que foi acompanhado pelo oficial de relações palestinas do movimento, Mashhour Abdel Halim, e pelo oficial de mídia, Abdel Majid Al-Awad.
A reunião discutiu os mais recentes desdobramentos da questão palestina, incluindo o plano de paz dos Estados Unidos (EUA) para o Oriente Médio, bem como a recente agressão israelense à Faixa de Gaza.
Criticando o chamado Acordo do Século, ele disse que o acordo é uma “conspiração contra o povo palestino”.
Em 28 de janeiro, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou seu plano para o Oriente Médio, que estabeleceria um estado palestino em condições estritas, mas permitiria que Israel assumisse assentamentos judeus há muito disputados na Cisjordânia ocupada. O plano foi anunciado em uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, em Washington, sem a presença de palestinos.
As Nações Unidas (ONU) rejeitaram o acordo, por não ser baseado nas diretrizes da ONU, mas sim uma imposição da visão de Trump sobre uma solução de dois estados. O acordo também foi rejeitado por todas as partes palestinas, pela Liga dos Estados Árabes, pela Organização de Cooperação Islâmica, pela União Africana e por muitos outros países, incluindo a Turquia.
O representante exortou os palestinos a “resistir à agressão da ocupação em curso”, enfatizando que “a unidade palestina é a única maneira de impedir e encerrar o acordo americano”.
Sobre os refugiados palestinos no Líbano, Abdel Hadi instou a Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras (UNRWA) “a elaborar um plano de emergência urgente para os palestinos que sofrem desde o início da crise econômica libanesa”.
Por sua parte, Gregorio condenou a recente agressão israelense em Gaza, enfatizando que seu país apoia a causa palestina. Ele exigiu que a comunidade internacional “reforce os esforços globais para resolver o conflito palestino-israelense”.