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OPEP pode ampliar cortes no suprimento de petróleo com ou sem apoio da Rússia

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) pode ampliar o corte no suprimento de petróleo global nesta semana, com ou sem apoio da Rússia, a fim de interromper a queda nos preços de petróleo bruto, provocada pelo surto global do novo coronavírus, afirmaram duas fontes internas à agência Reuters.

Moscou resiste a mais medidas de contenção do produto, ao argumentar que reduzir o rendimento resultante da OPEP – liderada pela Arábia Saudita – e aliados, grupo conhecido como OPEP+, não necessariamente será capaz de reviver a demanda, relataram as fontes.

O Presidente da Rússia Vladimir Putin declarou neste domingo (1°) que os preços atuais são aceitáveis para o orçamento de seu país. Segundo ele, a Rússia – membro chave da OPEP+ – possui recursos suficientes para conter uma eventual deterioração da economia global.

“A Arábia Saudita quer impedir que os preços caíam, mas a Rússia não concorda. Então a única forma de acontecer algo assim seria se a OPEP o fizesse sozinha, o que não deverá enviar uma boa mensagem ao mercado”, relatou uma das fontes.

“Deverá haver um corte, não há outra opção”, afirmou a outra fonte, reiterando que a alternativa seria a OPEP postergar a decisão até que os preços baixassem de fato, a fim de pressionar Moscou a aceitar as medidas.

Mercados de ações e petróleo, em escala global, sofreram quedas devido ao surto do coronavírus, que infectou mais de 82.000 pessoas no mundo, com mais de 2.700 mortes na China e 57 fatalidades em outros países. A classificação de petróleo bruto Brent Crude indicou que o valor do barril caiu para US$ 49,67 na sexta-feira, 28 de fevereiro, queda de mais de US$ 15 dólares desde janeiro.

A OPEP discute reduzir a produção de petróleo por mais um milhão de barris por dia (bpd), entre outras opções, conforme procura estabilizar a queda nos preços, informação corroborada por fontes internas e industriais também na sexta-feira. Este índice supera os cortes propostos inicialmente: 600.000 bpd.

O pacto vigente da OPEP+ implica em cortes de produção de 1.7 milhões bpd, sob acordo com prazo até o fim de março.

A Arábia Saudita está contendo sua produção em até 400.000 bpd abaixo de sua cota usual, o que resulta efetivamente em cortes de de 2.1 milhões bpd conduzidos pelos países da OPEP+.

Países da OPEP e aliados devem se reunir em Viena entre 5 e 6 de março para chegar a algum acordo sobre a política de produção de petróleo.

Contudo, pressionar por cortes na Rússia pode de fato significar o fim da cooperação entre Moscou e a OPEP, resultado não desejado pela Arábia Saudita e outros países membros. O governo russo tem um histórico de assentir com as ações da OPEP+ apenas no último instante, após demonstrar relutância.

Em fevereiro, o Ministro de Energia da Arábia Saudita Abdulaziz bin Salman classificou como “sem sentido” um relato de mídia de que seu governo considerava romper relações com a OPEP+ e, portanto, recuar de sua aliança com a Rússia.

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