O vice-ministro da Justiça do Japão, Hiroyuki Yoshiie, se reuniu ontem com o presidente libanês Michel Aoun e a ministra da Justiça libanesa Marie-Claude Najem para discutir o retorno do ex-presidente da Nissan Carlos Ghosn que fugiu da prisão domiciliar no Japão para o Líbano no ano passado.
Um ´post no Twitter do escritório de Aoun informou, após a reunião, que os funcionários discutiram relações mútuas e meios de desenvolvê-las, além dos assuntos que dizem respeito aos dois países; sem se referir ao caso de Ghosn.
O empresário, que possui nacionalidades francesa, brasileira e libanesa, foi preso no final de 2018 por acusações de má conduta financeira antes de ser libertado em prisão domiciliar. Ele escapou da vigilância japonesa e fugiu para o Líbano.
Líder da Nissan por quase 20 anos, tendo retirado a empresa da falência, Ghosn disse que havia fugido de um “pesadelo sem fim” e prometeu se livrar da acusação quando conseguir um “julgamento justo”.
Na sexta-feira, o ministro da Justiça do Japão, Masako Mori, disse que seu país enviaria uma autoridade sênior a Beirute para explicar o sistema de justiça criminal japonês e melhorar a cooperação entre os dois países, observando que “o Japão espera que o Líbano possa entender corretamente o sistema de justiça criminal japonês”. .
O Líbano e o Japão não assinaram um tratado de extradição.