Fathi Pashaga, Ministro do Interior do Governo de União Nacional da Líbia, confirmou que o governo reconhecido internacionalmente passará da defesa para o ataque no futuro próximo, a fim de repelir as forças rebeldes do general dissidente Khalifa Haftar e milícias aliadas.
Segundo a emissora Channel 218, com sede em Benghazi – centro de operações de Haftar –, Pashaga relatou à Reuters sua intenção de assumir medidas para expulsar Haftar da capital, Trípoli. O oficial líbio, segundo os relatos, reiterou que forças de Haftar dispararam sessenta mísseis contra a capital e o Aeroporto Internacional de Al-Maiteqa, apenas na última semana.
Pashaga esclareceu que as forças do governo devem mudar de postura – do ataque à defesa –, pois as esperanças de que um cessar-fogo abrangente seja mantido foram reiteradamente frustradas. O ministro ainda fez um apelo para que Estados Unidos e Reino Unido imponham pressão aos países que apoiam Haftar, ao alertar para o risco de uma grave crise humanitária em Trípoli.
Na segunda-feira (2), a administração do Aeroporto de Al-Maiteqa anunciou suspensão de suas atividades após ser atingido por milícias de Haftar com foguetes do tipo BM-21 Grad.
As violações de Haftar contra a iniciativa de paz conduzida por Rússia e Turquia se mantêm, a despeito do chamado feito pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas para que todas as partes envolvidas acatem as decisões.
Desde 4 de abril de 2019, forças de Haftar atacam ostensivamente os subúrbios de Trípoli, a fim de conquistar e controlar a cidade. A capital líbia é sede do Governo de União Nacional, cuja autoridade e legitimidade são contestadas por Haftar.