Amina Khoulani, refugiada síria residente hoje no Reino Unido, ganhou o Prêmio Internacional às Mulheres de Coragem, ao lado de outras onze mulheres notáveis de todo o mundo, concedido pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos.
A refugiada residente em Manchester foi condecorada em cerimônia conduzida pelo Secretário de Estado americano Mike Pompeo, nesta quarta-feira (4). A primeira-dama dos Estados Unidos Melania Trump discursou no evento e exaltou as conquistas das mulheres antes de lhes conceder o prêmio.
Khoulani, mudou-se para Manchester com seu marido e três crianças em 2019. Sua família está entre as inúmeras vítimas do regime sírio de Bashar al-Assad e seus serviços de segurança. Devido a seu ativismo pacífico por direitos civis, Khoulani foi presa pelo regime durante seis meses, em 2013; seu marido foi preso por dois anos e meio. Embora tenham sobrevivido a suas sentenças na infame rede prisional de Assad, seus três irmãos foram mortos em custódia.
Confirmou-se posteriormente que um de seus irmãos foi torturado até a morte, informação descoberta pela família apenas após Khoulani descobrir uma fotografia de seu corpo dentre os chamados arquivos César, que consistem em milhares de fotos de sírios mortos após tortura, vazado por um ex-fotógrafo militar.
A Sociedade Rethink Rebuild – instituição humanitária com sede em Manchester e foco em refugiados que vivem no Ocidente – declarou “orgulho pela conquista da Sra. Khoulani, que reflete a persistência dos sírios para conquistar justiça e liberdade, apesar das dificuldades enfrentadas como novos refugiados nas sociedades que os abrigam.”
Khoulani fundou sua própria organização humanitária – Famílias pela Liberdade – e atualmente devota seu tempo a ajudar famílias de sírios deslocados e refugiados que fugiram do conflito.