Promotores israelenses indiciaram na tarde desta quarta-feira (18) uma cidadã palestina de Israel acusada de trabalhar com o braço armado do Hamas, segundo informações da agência de notícias Safa.
Aya Al-Khatib trabalhava como assistente médica em Israel para pacientes palestinos da Faixa de Gaza e é filiada ao braço setentrional do Movimento Islâmico Hamas em Israel, como ativista pela Mesquita de Al-Aqsa.
Segundo o website israelense Wallah, Al-Khatib foi presa junto de seu marido em 17 de fevereiro. Foram então proibidos de reunir-se com um advogado na ocasião. Seu marido foi libertado posteriormente.
O indiciamento alega que Al-Khatib foi recrutada por Muhammad Felfel e Mohamed Halawa de Gaza, ambos supostos membros das Brigadas Al-Qassam, braço armado do Hamas.
Os promotores alegaram que Al-Khatib encontrou-se com Felfel pela primeira vez em 2017, quando ele acompanhava sua filha para tratamento em um hospital palestino em Israel. Desde então, segundo as acusações, Al-Khatib envia dinheiro ao Hamas e às Brigadas Al-Qassam, além de informações sobre possíveis alvos israelenses a outros oficiais do movimento armado.
O indiciamento também alega que Al-Khatib levantou recursos para compra de equipamentos utilizados na construção de túneis de resistência e na fabricação de armas em Gaza.
Um tribunal em Israel estendeu sua prisão por duas semanas, a fim de ganhar tempo para completar procedimentos legais relacionados ao caso.
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