Grupos de direitos humanos operando na Faixa de Gaza sitiada realizaram um apelo nesta quarta-feira (18) para que Israel permita a entrada de equipamentos e remédios necessários ao diagnóstico e tratamento de pacientes com coronavírus.
“As autoridades israelenses são legalmente responsáveis [como potência ocupante] por fornecer a Gaza equipamentos médicos necessários no combate ao coronavírus”, esclareceu Omar Al-Qaroot, Diretor Executivo do Centro Himaya de Direitos Humanos. “Apesar disso, Israel ainda impõe restrições sobre a entrada de recursos médicos urgentemente necessários para conter o surto do vírus.”
Em nome de todos os grupos de direitos humanos da Faixa de Gaza, Al-Qaroot convocou a comunidade internacional para pressionar Israel a cumprir suas obrigações legais referentes aos residentes dos territórios palestinos ocupados. Isso inclui a suspensão do bloqueio imposto a Gaza e concessão de assistência médica urgente ao setor de saúde gravemente deteriorado.
Al-Qaroot também fez um apelo à Organização Mundial da Saúde (OMS) para abrir um centro regional nos territórios palestinos a fim de monitorar o avanço da doença.
A Faixa de Gaza entrou recentemente no 14° ano de severo bloqueio israelense, que causou grave escassez em itens básicos, em particular no setor de saúde, no qual remédios, equipamentos e recursos são estimados atualmente em apenas 45% dos níveis essenciais.
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