Autoridades da ocupação israelense alertaram que deverão multar os palestinos que rezarem na Mesquita de Al-Aqsa em Jerusalém caso reúnam mais de dez pessoas em um único local, reportou nesta quarta-feira (18) o Centro de Informações Palestino.
Nos portões de Al-Aqsa, policiais israelenses coletam documentos de identidade de fiéis muçulmanos a fim de pressioná-los.
Fontes locais relataram que o movimento é supostamente parte das medidas do governo israelense para conter o surto de coronavírus. Entretanto, as mesmas fontes destacam que, caso fosse verdade, as autoridades teriam de impedir também a entrada de grandes grupos de colonos ilegais que invadem a mesquita sob escolta policial.
O xeque Omar Al-Kiswani, Diretor da Mesquita de Al-Aqsa, convocou fiéis a seguir as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) em relação a agrupamentos religiosos dentro do santuário. Porém, enfatizou que autoridades da ocupação israelense claramente planejam explorar o coronavírus para reduzir a presença palestina em Al-Aqsa e facilitar a implementação de planos para judaizar o local islâmico.
Não obstante, Al-Kiswani pediu pelo fechamento do Portão Al-Magharbehm utilizado por colonos israelenses que invadem e profanam cotidianamente a Mesquita de Al-Aqsa.
O xeque de Al-Aqsa ainda destacou que o Departamento de Awqaf (Recursos Islâmicos) tem realizado limpezas minuciosas no complexo da mesquita desde o início do surto de coronavírus e que fechou todas as áreas fechadas de oração dentro do local sagrado, como medida para combater a pandemia.
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