Autoridades locais impuseram bloqueio a mais uma aldeia no Egito, conforme avançam medidas extremas para contenção do novo coronavírus.
Em declaração emitida ontem (7), o governo local da província de Gizé declarou impor isolamento de catorze dias à aldeia de El-Meatamdeya. Anteriormente, o governo de Gizé havia negado o que caracterizou como “rumores”, que circularam nas redes sociais, de que aldeia estava prestes às vésperas da quarentena.
Registros em vídeo mostram o momento no qual entradas e saídas da aldeia foram bloqueadas por vans policiais. Em seguida, autoridades anunciaram medidas para combater o vírus via alto-falantes.
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O Egito impôs bloqueio a uma série de aldeias no que alega ser tentativa de conter a propagação do coronavírus.
No início de abril, residentes da aldeia de Al-Hayatan, na região da cidade de El Mahalla, norte do país realizaram protestos após forças de segurança instalarem postos de controle em torno da aldeia, após dez casos confirmados de covid-19.
Os residentes exigiam sair para trabalhar pois o governo não havia pago o apoio financeiro prometido à população.
A agência Reuters publicou nesta terça-feira uma reportagem sobre as dificuldades dos trabalhadores informais do Egito, sem registro de previdência social, portanto excluídos do pacote de medidas econômicas do estado para lidar com a crise do coronavírus.
O coronavírus afeta a economia global – cartum [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]
O governo prometeu conceder a trabalhadores um auxílio no valor de 500 libras egípcias (US$32) por mês. Entretanto, muitos trabalhadores não conseguiram ainda receber este dinheiro, enquanto outros não têm as devidas instruções para registrar-se online no programa.
Um terço dos egípcios já vive abaixo da linha da pobreza e sobrevive com menos de US$2 por dia. O coronavírus, as medidas implementadas até então e a falta de apoio estatal somente exacerbaram tais condições críticas.
Autoridades do Egito isolaram aldeias em dez províncias, como Mar Vermelho, Monufia, Menia e Porto Said.
Há até então 1.450 casos de coronavírus confirmados no Egito e 94 mortes. Pesquisadores canadenses relataram recentemente que as estimativas são provavelmente muito superiores.
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