O Presidente dos Estados Unidos Donald Trump ameaçou ontem (8) cortar fundos americanos enviados à Organização Mundial da Saúde (OMS), ao acusá-la de parcialidade em relação à China, após autoridades chinesas suspenderem a proibição de viagens à cidade de Wuhan, berço da pandemia de coronavírus, após dois meses e meio de isolamento.
LEIA: Políticos e especialistas em tempos de coronavírus
WATCH: Trump announces a “hold” on money going to the WHO, calls them “China centric.”
“They missed the call. They could have called it months earlier … they should have known. And they probably did know.” pic.twitter.com/kSi3Aq6DyY
— Meet the Press (@MeetThePress) April 7, 2020
Trump acusou a OMS de ser “bastante sinocêntrica” em sua abordagem, ao sugerir que a agência da ONU foi conivente com os esforços de Pequim para minimizar a gravidade do surto em seu início, há meses atrás.
“A OMS perdeu sua chance. Por alguma razão, embora amplamente financiada pelos Estados Unidos, é bastante sinocêntrica. Vamos dar uma boa olhada nisso”, afirmou Trump em sua página do Twitter.
Os Estados Unidos é o maior doador à OMS – gráfico [Statista]
Trump declarou que cortaria recursos dos Estados Unidos à agência, mas então recuou ao alegar que “considera fortemente” essa medida. Após as ameaças do presidente americano e de suas críticas à postura da agência diante do coronavírus, a OMS reagiu.
Nesta quarta-feira (8), o Dr. Hans Kluge, diretor regional da OMS para Europa, defendeu a organização. “Estamos agora em uma fase crítica da pandemia – agora não é momento para cortar recursos”, declarou Kluge.
LEIA: ‘Pandemia de covid-19 pode manter-se até o fim do ano’, afirma Presidente do Irã