‘A vida prevalecerá’, afirma arcebispo de Jerusalém no Domingo de Páscoa

Com Jerusalém sob isolamento devido ao coronavírus, o Domingo de Páscoa no local tradicional que representa a morte e ressurreição de Jesus Cristo foi marcado por apenas um punhado de clérigos cristãos. As informações são da agência Reuters.

A Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém ocupada, normalmente lotada de peregrinos, foi fechada ao público no último mês de março devido à pandemia de coronavírus (covid-19), ao lado de restrições similares que afetaram também locais sagrados para judeus e muçulmanos.

Após caminhar em meio às ruas desertas da Cidade Velha de Jerusalém sob o sol da manhã, o arcebispo Pierbattista Pizzaballa, administrador apostólico do Vaticano para a Terra Santa, em vestes cerimoniais púrpuras, falou brevemente em frente à igreja.

“A Páscoa é tempo de vida. Apesar dos sinais da morte que vemos por toda a parte, a vida prevalecerá, enquanto alguém conceder sua vida pelo amor aos outros. Feliz Páscoa”, afirmou Pizzaballa.

Com uma máscara de proteção e escoltado por assessores, Pizzaballa conduziu então um culto para um pequeno número de clérigos católicos romanos.

O coronavírus matou mais de 100.000 pessoas em todo o mundo. Até então, infectou mais de 11.000 pessoas nos territórios ocupados por Israel, com 103 mortes. Nos territórios palestinos constam 268 casos e duas mortes por covid-19.

As festas do Pessach judaico e o Ramadã islâmico também recaem em abril, mas este ano Jerusalém está quase vazia.

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A Igreja do Santo Sepulcro – segundo a crença cristã, local onde Jesus passou suas últimas horas – é o ponto central das comemorações de Páscoa, considerada a mais importante festa religiosa no calendário cristão.

Dezenas de milhares de peregrinos costumam caminhar em procissão pela Via Dolorosa, passando pelas catorze estações da cruz, que marcam os eventos anteriores à morte e ao funeral de Cristo.

A Igreja foi reaberta na Semana Santa para cultos com participação apenas de clérigos de cargo elevado dentro das denominações que possuem custódia do local sagrado: a Igreja Ortodoxa Grega, a Igreja Apostólica Armênia e a Igreja Católica Apostólica Romana.

Cristãos ortodoxos celebram a Páscoa uma semana depois, incluindo a cerimônia do Fogo Sagrado, que simboliza a ressurreição de Jesus após sua morte na cruz.

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