Cerca de 110.000 sírios deslocados retornaram às suas casas na província de Idlib, noroeste da Síria, após Turquia e Rússia chegarem a um acordo de cessar-fogo em março último.
Mais de um milhão de civis foram deslocados à força da província de Idlib devido à operação militar lançada pelo regime sírio e seus aliados sobre Idlib, a partir de novembro de 2019. Alguns dos refugiados fugiram para campos perto da fronteira entre Síria e Turquia; outros, em direção a cidades ou aldeias ainda controladas pela oposição no norte do território sírio.
Em entrevista à Agência Anadolu, Mohamed Al-Hallaj, diretor da Equipe de Coordenadores para Resposta a Incidentes no Norte da Síria, que monitora dados sobre pessoas deslocadas na região, afirmou que parte dos refugiados retornaram imediatamente às suas casas após o regime sírio e aliados suspenderem parte das operações militares na área.
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Al-Hallaj esclareceu que, desde outubro de 2019, em torno de um milhão de sírios sofreram deslocamento forçado como resultado das operações e bombardeios do regime, ao detalhar que 109.714 de fato retornaram dentro de quarenta dias a partir do cessar-fogo.
Al-Hallaj ainda reiterou que um grande número de deslocados permanecem nos campos próximos à fronteira entre Síria e Turquia, e que não desejam retornar às suas aldeias e cidades enquanto permanecerem sitiadas pelo regime.
Em 5 de março, o Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan e o Presidente da Rússia Vladimir Putin anunciaram um acordo de cessar-fogo para a província de Idlib, vigente a partir do dia seguinte. Entretanto, violações do regime sírio e aliados foram registradas.
Uma declaração conjunta também foi emitida por ambos os países incluindo um acordo para estabelecer uma zona de segurança perto da fronteira turca. Segundo a declaração, as duas partes passaram a realizar patrulhas conjuntas na recém-designada zona neutra.
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