A Rússia começou a recrutar dezenas de jovens na Síria para lutar nos conflitos na Líbia, ao lado das forças do general renegado Khalifa Haftar, contra o Governo de União Nacional, reconhecido internacionalmente, segundo relatos locais divulgados nesta segunda-feira (13).
De acordo com as fontes – sob anonimato por medo de ameaças na Síria –, a Rússia atraiu os jovens com a possibilidade de remuneração e de absolvição de indivíduos procurados em território sírio por questões de segurança.
Uma fonte de Quneitra, sudoeste da Síria, denunciou à rede de notícias Arabi21 que a Rússia está explorando a pobreza sob a qual vivem os residentes locais, a fim de recrutar jovens para combater na Líbia.
As fontes ainda afirmaram que a maior parte dos ex-combatentes da oposição era de Quneitra e que todos possuíam acusações emitidas pelo regime sírio de Bashar al-Assad, por participar do levante contra o governo.
Após nove anos de guerra civil, forças do regime sírio – com apoio da Rússia e milícias filiadas ao Irã – reconquistaram vastas áreas do país, antes controladas por grupos de oposição. Na Líbia, após a deposição de Muammar Gaddafi, em 2011, dois centros de poder emergiram: Haftar, no oeste do país, apoiado por Egito e Emirados Árabes Unidos, e o Governo de União Nacional, em Trípoli, sob ataque contínuo desde abril de 2019.
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