O coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, Nickolay Mladenov, pediu a Israel que libere a receita tributária palestina para permitir à Autoridade Palestina combater as conseqüências sociais e econômicas da pandemia de coronavírus.
Na segunda-feira, Mladenov se reuniu com o ministro das Finanças de Israel, Moshe Kahlon, para discutir a coordenação com a Autoridade Palestina para mitigar o impacto negativo do vírus. “Reunião muito encorajadora com [Moshe Kahlon] sobre as medidas que Israel está tomando em coordenação com a Autoridade Palestina para aliviar o impacto socioeconômico negativo da Covid-19”, ele twittou após a reunião. “A ONU exortou todos os lados a cooperar em tempos de crise.”
Anteriormente, o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Muhammad Shtayyeh, realizou uma reunião por teleconferência com Mladenov e vários oficiais internacionais para discutir o que os palestinos precisam durante a crise. Uma fonte política familiarizada com os detalhes disse a Al-Quds Al-Arabi que as autoridades apoiaram os esforços do governo para superar o vírus e enfatizaram a necessidade de Israel liberar a receita tributária palestina.
Desde 2019, Israel retém quase US$ 140 milhões dessa receita sob o pretexto de que os fundos são usados para apoiar famílias de palestinos que cometem atos hostis contra o estado de ocupação. Isso criou um sério déficit no orçamento palestino, que agora foi exacerbado pela pandemia de coronavírus.
O governo palestino diz que precisa de US$ 137 milhões para combater o vírus, enquanto a economia deverá sofrer quase US$ 3,8 bilhões em perdas devido ao bloqueio.
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