O jornal israelense The Jerusalem Post publicou um editorial endossando planos para chegar a um acordo de troca de prisioneiros entre o Hamas e Israel, argumentando que “já é hora de nossos meninos voltarem para casa”.
“Depois de seis anos de sofrimento para as famílias Goldin e Shaul, e após uma luta de cinco anos pelas famílias Mengistu e Al-Sayyed, Israel deve finalmente exercer sua autoridade e lutar pelo que representa”, acrescentou o jornal, referindo-se aos soldados que desapareceram em Gaza.
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Comentando sobre a possibilidade de Israel receber mais do que cadáveres se um acordo fosse alcançado, o Jerusalem Post enfatizou que é importante que Israel devolva às famílias os corpos de seus soldados. “Mesmo em seus corpos, nossos valores judaicos exigem que trabalhemos para recuperá-los.”
O jornal também avaliou os desafios relacionados à condução de negociações com o objetivo de alcançar acordos de troca de prisioneiros. “E essa questão levanta outro assunto doloroso, que permanece no escuro em Israel – como negociamos o retorno potencial de nossos soldados e cidadãos cativos e que preço devemos estar dispostos a pagar como Estado?”
Pedindo transparência em relação a um comitê formado quando Ehud Barack era ministro da Defesa em 2008, o jornal explica que é preciso “estabelecer as regras básicas de como o Estado deveria negociar com os inimigos em matéria de prisioneiros de guerra”. Em vez de divulgar suas recomendações ao público, o comitê apenas as apresentou ao ministro da Defesa e as classificou como extremamente secretas.
“Não podemos arcar com outro acordo Schalit que prevê a libertação de prisioneiros que depois saem e matam mais israelenses”, alertou o Jerusalem Post.
A troca de prisioneiros de Gilad Shalit seguiu um acordo de 2011 entre Israel e Hamas para libertar o soldado israelense Gilad Shalit em troca de 1.027 prisioneiros – principalmente palestinos e árabes-israelenses, embora também houvesse ucraniano, jordaniano e sírio.
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