Nesta quarta-feira (15), Marwan Barghouthi, membro do Comitê Central do partido palestino Fatah, entrou em seu 19° ano nas cadeias de Israel sob acusações de liderar as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, braço armado do movimento Fatah.
O Clube de Prisioneiros Palestinos afirmou em relatório que Barghouthi, ao lado de milhares de palestinos detidos por Israel, enfrentam atualmente o “perigo da pandemia mortal nas prisões”.
Segundo o documento, Barghouthi – palestino de 60 anos da aldeia de Kobar, perto de Ramallah – foi o primeiro parlamentar e membro do Comitê Central do Fatah a ser preso pelo exército israelense e então sentenciado à prisão perpétua.
Barghouthi tinha apenas 15 anos quando foi preso pela primeira vez em 1976. Em 1983, começou a estudar na Universidade de Birzeit, onde foi eleito presidente do conselho estudantil por três anos consecutivos. Foi co-fundador do Movimento de Jovens do Fatah, antes de ser preso e deportado em 1986.
Em abril de 1994, Barghouthi voltou à Cisjordânia ocupada, após assinatura dos acordos de Oslo, entre a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e Israel. Em 1996, foi eleito membro do Conselho Legislativo da Palestina (CLP).
Entretanto, em abril de 2002 voltou a ser preso durante a invasão israelense à Cisjordânia e foi submetido a meses de tortura e mais de mil dias em confinamento solitário. Dois anos depois, uma corte de Israel o condenou a cinco prisões perpétuas mais quarenta anos de prisão.
Barghouthi é doutor em ciências políticas pelo Instituto de Pesquisa e Estudos Árabes da Liga Árabe. Nos últimos anos, publicou diversos livros, incluindo sua obra sobre a experiência na prisão, traduzida livremente como “Mil noites na solitária”.
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