Os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, Grã-Bretanha, Estônia e Alemanha, exigiram ontem a prestação de contas depois que um relatório considerou o regime do presidente sírio Bashar Al-Assad responsável pelos ataques com armas químicas em 2017.
Uma equipe de investigação da Organização para a Proibição de Armas Químicas disse em um relatório de 82 páginas emitido em 8 de abril que a Força Aérea da Síria jogou bombas contendo gases de cloro ou sarin em um hospital e terras agrícolas abertas na cidade central de Latamneh, ferindo mais de 70 pessoas e matando pelo menos três – um cirurgião e dois outros.
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O aliado sírio da Rússia considerou as alegações “infundadas”, mas o embaixador da Alemanha na ONU, Jurgen Schulz, disse ao conselho: “A responsabilidade é essencial e a impunidade por esses crimes hediondos não é uma opção”.
Durante a sessão, o porta-voz da ONU Stephane Dujarric disse que o chefe de desarmamento do corpo global, Izumi Nakamitusu, informou o conselho, inclusive sobre as descobertas do relatório da OPCW, e enfatizou que eles eram “profundamente angustiantes”.
A Síria negou as acusações, com seu Ministério das Relações Exteriores dizendo que “o OPCW divulgou em 8 de abril de 2020 um relatório enganoso da chamada Equipe de Investigação e Identificação, a qual a Síria e vários países denunciaram como ilegítima e não convencional.”