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Guerra na Líbia continua apesar dos apelos da ONU por cessar-fogo

Forças do Governo de União Nacional celebram após obter controle de Sabratha e Surman, ao expulsar as forças do general Khalifa Haftar, conforme a Operação Tempestade de Paz, em Sabratha, Líbia, 13 de abril de 2020 [Hazen Turkia/Agência Anadolu]

A guerra na Líbia continua a despeito dos múltiplos apelos da Organização das Nações Unidas (ONU) e de organizações humanitárias internacionais pela interrupção dos confrontos armados, ao menos temporariamente, a fim de conter a propagação do novo coronavírus.

Após ataques realizados na última segunda-feira (13), o fornecimento de água foi cortado em algumas localidades de Trípoli e cidades vizinhas, deixando mais de dois milhões de pessoas sob situação de sede e más condições sanitárias. Batalhas intensas ocorrem a oeste da capital Líbia.

O Governo de União Nacional, reconhecido internacionalmente, com sede em Trípoli e liderado por Fayez Al-Sarraj, recebe apoio do Catar e da Turquia. Por outro lado, forças do marechal de campo Khalifa Haftar assumiram controle da porção oriental do território nacional, inclusive Benghazi, principal cidade costeira do país.

Haftar, que possui cidadania americana, ficou conhecido por estabelecer relações bastante próximas com a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), quando exilado da Líbia durante o governo do falecido ditador Muammar Gaddafi.

Não é surpresa, portanto, que Haftar receba apoio do presidente americano Donald Trump. A atual gestão dos Estados Unidos aparentemente apoia esforços de paz internacionais, mas efetivamente encoraja a campanha militar do general líbio para tomar o país.

Haftar também recebe apoio de aliados dos Estados Unidos no Oriente Médio, em particular Egito e Emirados Árabes Unidos, além de Israel em menor medida.

LEIA: Ex-chanceler da Argélia retira candidatura para representante da ONU na Líbia

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