Palestinos que foram sitiados na Igreja da Natividade em 2002 e então deportados à Faixa de Gaza e outros países pediram para ser inclusos em qualquer troca de prisioneiro potencialmente acordada entre Hamas e Israel, conforme informações do jornal Al-Ayyam divulgadas neste domingo (19).
“Os deportados devem reunir-se para discutir as medidas a serem tomadas caso não sejam incluídos nas discussões em curso sobre uma potencial troca de prisioneiros [Hamas-Israel]”, relatou o porta-voz do grupo Hatem Hammoud.
Hammoud reivindicou que qualquer acordo relacionado ao retorno dos expatriados seja claro e inequívoco, e que destaque o fato da deportação representar uma violação flagrante das leis humanitárias e internacionais.
“Como foram deportados à força em violação dos princípios determinados pelas leis humanitárias e internacionais, devem ser permitidos que retornem às suas famílias e casas assim que possível”, reiterou Hammoud.
Em 2002, a Autoridade Palestina, entidades internacionais e Israel chegaram a um acordo que resultou na deportação de 43 palestinos que buscaram refúgio na Igreja da Natividade, em Belém, Cisjordânia ocupada.
Trinta palestinos presentes na ocasião foram enviados à Faixa de Gaza; outros foram deportados à Europa, supostamente pelo período de dois anos. Entretanto, Israel lhes recusa desde então o devido direito de retorno.
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