Mohamed Salah compartilhou um vídeo de si mesmo treinando em sua casa à medida que o campeonato nacional de futebol inglês – conhecido como Premier League – espera retomar os treinos coletivos em 11 de maio. O campeonato inglês pretende realizar partidas a partir da segunda semana de junho.
A postagem de Salah ocorre logo após o jogador de futebol da equipe Liverpool doar toneladas de alimentos à sua aldeia natal, Nagrig, na província de Gharbiya, Egito, diante da atual pandemia de coronavírus.
As doações de Salah têm como objetivo ajudar famílias afetadas pelo covid-19. Milhares de trabalhadores informais estão sem trabalho no Egito desde o início da crise, quando medidas restritivas como toque de recolher em escala nacional e outras, entraram em vigor. Muitos trabalhadores alegam não receber o devido auxílio do governo egípcio.
O pai do jogador, Salah Ghaly, pediu aos residentes de Nagrig que evitem aglomerações e respeitem as orientações de saúde.
Nas últimas semanas, fotografias circularam nas redes de multidões egípcias reunidas em mercados, coletivas de imprensa e transporte público, apesar dos apelos internacionais por distanciamento social. Não há qualquer isolamento oficial em curso no país durante o dia, apenas toque de recolher das 20h às 6h da manhã.
A aldeia de Nagrig passou por esterilização e máscaras foram distribuídas aos residentes, como parte dos esforços para impedir a chegada do vírus. Ghaly afirmou ao jornal Al-Masry Al-Youm que dois novilhos serão abatidos e que as carnes serão entregues às aldeias vizinhas.
Salah já concedeu diversas outras doações à sua aldeia natal, incluindo porções de terra para construção de uma estação de tratamento de esgoto, para que os residentes obtivessem o devido acesso à água potável.
Em 2018, Salah doou US$57.000 ao Hospital Geral de Bassioun. Em 2019, concedeu US$3 milhões em apoio ao Instituto Nacional do Câncer do Egito.
Desde o início da crise do coronavírus, anos e anos de subfinanciamento do sistema de saúde do Egito tornaram-se claros. Médicos frequentemente reclamam não somente da falta de equipamentos de proteção adequados, mas também de atrasos nos pagamentos de bônus salariais.
O instituto do câncer é um dos hospitais mais afetados no Egito. No início do mês, ao menos dezessete médicos testaram positivo para o coronavírus. O instituto foi fechado por três dias para que fosse esterilizado.
Sua administração está sob investigação conduzida pela Universidade do Cairo, diante de denúncias de que ameaçou substituir membros da equipe que reivindicaram proteção contra a doença. A gestão do instituto é acusada de falta de transparência ao lidar com a pandemia.
Mais cedo, em 2020, Salah foi nomeado primeiro embaixador para o programa das Nações Unidas de Escolas da Rede Instantânea (Instant Network Schools), que busca conectar jovens refugiados a uma educação online de alta qualidade.
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