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Turquia condena plano de Israel de anexar Cisjordânia ocupada

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Turquia, Hami Aksoy, realiza uma conferência de imprensa em Ancara, na Turquia, em 26 de abril de 2019. [Fatih Aktaş - Agência Anadolu]

A Turquia condenou o plano de Israel de anexar a Cisjordânia ocupada, chamando-a de “uma mentalidade extremamente perigosa destinada a extorquir terras palestinas ocupadas”. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Ancara, Hami Aksoy, fez seu comentário em uma declaração escrita divulgada hoje.

“Acreditamos que tais medidas graves, que prejudicariam o direito internacional e feririam a consciência comum da humanidade, não seriam aceitas ou apoiadas por nenhum membro da comunidade internacional que tenha senso de justiça e responsabilidade”, explicou Aksoy.

A decisão israelense foi tomada na segunda-feira após a formação de um governo de unidade de emergência liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e pelo líder da oposição Benny Gantz. Ambas as figuras prometeram apreender terras no estratégico Vale do Jordão e as terras ocupadas por assentamentos judeus, que são ilegais sob o direito internacional.

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Aksoy instou a comunidade internacional a “se opor às iniciativas ilegítimas unilaterais de Israel” e a “abraçar a visão de uma solução de dois estados, com base em parâmetros estabelecidos e nas fronteiras de 1967”.

Ele enfatizou o apoio da Turquia à causa palestina e a criação de um estado palestino independente. “Isso é crucial para a região como um todo”, acrescentou, “pois a paz não chegará ao Oriente Médio sem acabar com as políticas de ocupação e anexação [israelenses]”.

A anexação da Cisjordânia está na mira de Israel há muito tempo, mas foi estabelecida como uma meta renovada e primária no “acordo do século” do presidente dos EUA, Donald Trump, revelado no início deste ano. O “plano de paz” dos EUA foi elaborado para dar grandes vantagens militares e territoriais a Israel, enquanto despojava os palestinos de suas próprias forças de segurança armadas e cerca de 30% da Cisjordânia.

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