Partido Trabalhista de Israel participa do governo com dois ministérios

Na sexta-feira (24), o líder da aliança Azul e Branco (Kahol Lavan) e ex-militar Benny Gantz assinou um acordo de coalizão com Amir Peretz, líder do Partido Trabalhista de Israel, segundo informações da imprensa israelense.

Conforme o acordo, Peretz deverá ser nomeado Ministro da Indústria e Economia de Israel no novo governo de união nacional, estabelecido sob emergência da pandemia de coronavírus. O parlamentar Itzik Shmuli, também trabalhista, deverá tornar-se Ministro do Bem-Estar e Serviços Sociais, reportou o jornal Times of Israel.

Além disso, Peretz será indicado membro do gabinete de segurança e Shmuli será membro do comitê legislativo ministerial.

LEIA: Um fiasco maquiavélico: como o centrista Gantz ressuscitou Netanyahu e a extrema direita de Israel

Trata-se da primeira participação do Partido Trabalhista no governo de Israel desde 2013. Entretanto, a trabalhista Merav Michaeli recusou-se a participar da coalizão, ao descrever o acordo como “suicídio final” de seu partido, em artigo publicado pelo jornal israelense Haaretz.

Em 2015, o Partido Trabalhista possuía dezenove assentos no Knesset – parlamento de Israel. Em abril de 2019, sua participação reduziu-se a seis parlamentares. Nas eleições de setembro, perdeu mais uma vaga. Na última rodada eleitoral, em março deste ano, elegeu apenas três parlamentares.

LEIA: Eleições israelenses: nem Netanyahu, tampouco Gantz reivindicam vitória