Serviços de inteligência israelenses ameaçaram o sheikh Ekrima Sabri, imã responsável pela Mesquita de Al-Aqsa, após invadir sua residência no território ocupado de Jerusalém Oriental. A ameaça ocorreu após o sheikh afirmar que reabriria as portas de Al-Aqsa caso as forças da ocupação permitissem a invasão de colonos ao local islâmico.
Sabri relatou à agência Anadolu: “Forças da inteligência de Israel vieram à minha casa e me ameaçaram, ao dizer que eu seria acusado por qualquer tensão na Mesquita de Al-Aqsa.”
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O religioso prosseguiu: “Eu disse a eles que suspender o fluxo de fiéis a Al-Aqsa não significa de modo algum que é admissível a invasão de colonos. Portanto, caso a polícia da ocupação decida abrir o Portão de Mughrabi especificamente aos colonos, então abriremos o resto das portas aos fiéis [muçulmanos].”
Sabri destacou que “Israel não pode conseguir tirar vantagem da pandemia de coronavírus para tentar impor novas restrições à Mesquita de Al-Aqsa.”
O Departamento de Recursos Islâmicos de Jerusalém anunciou em março que suspendeu a recepção de fiéis na Mesquita de Al-Aqsa como medida preventiva para conter a propagação do novo coronavírus.
Dois dias atrás, colonos requisitaram aberta e unilateralmente às autoridades da ocupação israelense que permitam sua entrada no local sagrado. Políticas israelenses buscam deliberadamente alterar a identidade cultural, religiosa e demográfica de Jerusalém.
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