A associação israelense Almagor, composta por famílias de israelenses mortos em conflito com a resistência palestina, fez um apelo ao Procurador-Geral de Israel Avichai Mandelblit para interromper as negociações com o Hamas sobre uma possível troca de prisioneiros, segundo informações do jornal israelense The Jerusalem Post, divulgadas na sexta-feira (1°).
“Tais processos possuem implicações negativas do ponto de vista estratégico, sem poder voltar atrás”, alegou a Almagor em carta enviada ao Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu e outros gabinetes relevantes do governo israelense.
A Almagor reivindicou que Netanyahu e membros do gabinete de governo não aceitem a libertação de “terroristas” em uma potencial troca de presos.
“Nós, as famílias em luto e vítimas do terrorismo, um dia após celebrarmos a memória de nossos entes queridos, em duplo isolamento, tanto de nossas famílias quanto de nossos entes mortos, soubemos que o governo planeja render-se ao Hamas e soltar os assassinos de nossos entes queridos”, declarou a entidade.
Segundo a reportagem, Aryeh Bachrach, chefe da Almagor, afirmou: “No passado, cada acordo de soltura trouxe apenas mais morte e luto e então exigimos que não deixemos passos tão graves nas mãos de um governo temporário.”
Na última semana, o movimento palestino Hamas, com sede em Gaza, alegou ser possível que um acordo de troca de prisioneiros com Israel fosse alcançado logo após formação do novo governo de coalizão israelense.
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