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Iêmen registra primeiro caso de coronavírus na província de Taiz

Pessoas são vistas no mercado de Al Milh diante dos preparativos para o Ramadã, mês sagrado islâmico, em Sanaa, Iêmen, 21 de abril de 2020 [Mohammed Hamoud/Agência Anadolu]

Na noite de sexta-feira (1°), o Iêmen reportou a propagação do novo coronavírus a uma terceira província do país, elevando o número de casos diagnosticados para sete pacientes, com dois mortos até então, em um dos países mais vulneráveis do mundo. As informações são da agência Reuters.

A Organização das Nações Unidas (ONU) receia que o vírus possa estar se disseminando sem registro por todo o território iemenita, assolado há cinco anos por uma guerra drástica que destruiu seu sistema de saúde e deixou milhões de pessoas em grave situação de desnutrição.

LEIA: OMS prepara 37 hospitais para lidar com coronavírus no Iêmen

O comitê de emergência para o coronavírus do governo declarou no Twitter que um homem de 40 anos de idade foi diagnosticado com a doença na província de Taiz, no sudoeste do Iêmen, primeiro caso registrado na região.

“O paciente está recebendo tratamento em um centro de quarentena e medidas foram tomadas pelo time de monitoramento e pelo departamento de saúde para todos aqueles que interagiram com ele”, acrescentou o comunicado.

O governador de Taiz anunciou no sábado que decidiu fechar as fronteiras da província por duas semanas, exceto para transporte de alimentos e outros bens essenciais, com o objetivo de conter a propagação do vírus. Também ordenou o fechamento de mesquitas e bazares e baniu “aglomerações”.

O Iêmen registrou seu primeiro caso de covid-19 na província meridional de Hadhramout, em 10 de abril. Na quarta-feira (29), anunciou cinco novos casos em Aden, com duas mortes.

O país já sofre da maior crise humanitária do mundo causada pela guerra entre a coalizão liderada por Arábia Saudita e o grupo rebelde houthi, que governa parte do país da capital Sanaa, desde o fim de 2014.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) teme que o covid-19 possua impacto ainda mais severo sobre o Iêmen, dado que a população local possui um dos menores níveis de imunidade a doenças comparado a outros países.

Cerca de 80% da população do Iêmen – isto é, 24 milhões de pessoas – dependem de ajuda humanitária para sobreviver. Aproximadamente 10 milhões de pessoas estão à margem da fome. Doenças são frequentes.

O Iêmen é dividido em dois centros de poder rivais. Na quarta-feira, o comitê de emergência para o coronavírus estabelecido pelo governo oficial em Aden expressou preocupações de que oficiais houthis estejam encobrindo casos de coronavírus em Sanaa. Autoridades de saúde do grupo houthi relataram que todos os testes realizados até então resultaram negativo.

Autoridades iemenitas atualizaram 37 hospitais em todos o país com alas provisórias de combate ao coronavírus, mas ainda há grave falta de testes, respiradores e leitos hospitalares.

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