Forças de segurança do Kuwait dispersaram um protesto feito por trabalhadores egípcios que buscam repatriação, declarou nesta segunda-feira (4) o Ministério do Interior do estado do Golfo. Anteriormente, os imigrantes foram transferidos para abrigos dedicados a quem infringe as leis de residência no país. As informações são da agência Reuters.
Forças de segurança intervieram após “tumultos e caos” e detiveram diversas pessoas que deverão enfrentar medidas legais, segundo o comunicado oficial.
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Representantes da Embaixada do Egito no Kuwait visitaram os abrigos em questão e garantiram aos trabalhadores que os voos para repatriação começarão nesta semana, prosseguiu a declaração. A embaixada egípcia desculpou-se pelos protestos.
Diversos governos do Golfo tentam organizar voos para repatriar cidadãos no exterior ou imigrantes que perderam seus empregos devido ao coronavírus. Outro grupo a ser repatriado envolve aqueles cuja residência expirou, sem renovação.
Em abril, o Kuwait concordou em permitir que expatriados em violação das leis de residência saíam do país sem pagamento de multas ou mesmo passagens aéreas, ao priorizar a saída de mulheres e crianças.
O jornal local Al Qabas afirmou que cerca de 28.000 estrangeiros – do total estimado de 160.000 sem residência válida – registraram-se para repatriação e foram transferidos para 34 abrigos em todo o país. Segundo a reportagem, estão inclusos 6.500 imigrantes do Egito, 6.300 da Índia e 6.000 de Bangladesh.
Milhões de expatriados, a maioria da Ásia, constituem a força de trabalho do Golfo árabe.
A princípio, os casos de coronavírus na região estavam relacionados a viagens ao exterior, mas os estados do Golfo passaram a vivenciar um aumento nas infecções entre trabalhadores imigrantes de baixa renda, que vivem em acomodações superlotadas.
O Kuwait é um dos países da região menos afetados pela pandemia. Registrou até então 4.980 casos e 38 mortes. O total de casos entre os seis países do Golfo árabe superou o índice de 67.600 pessoas, com 380 mortes.
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