Nesta quinta-feira (7), o presidente do parlamento da Tunísia Rached Ghannouchi condenou as medidas assumidas por autoridades da ocupação israelenses contra a Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém.
A declaração foi emitida por seu partido, conhecido como Movimento Ennahda (Renascimento), após um telefonema entre Ghannouchi e o sheikh Ekrima Sabri, clérigo de Al-Aqsa.
Ghannouchi reiterou a posição do estado e do povo tunisiano ao rejeitar as políticas de judaização de Israel e a expropriação contínua de terras palestinas. O parlamentar também destacou o apoio da Tunísia ao “direito palestino de reaver terras usurpadas e estabelecer um estado independente com Al-Quds [Jerusalém] como capital.”
O comunicado enfatizou que Ghannouchi e Sabri fazem um apelo conjunto por “solidariedade e união na defesa de Al-Aqsa.”
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No final de abril, agentes da inteligência israelense agrediram verbalmente o sheikh Sabri, após invadirem sua residência no território ocupado de Jerusalém Oriental.
Autoridades de Israel ameaçaram o religioso após este afirmar que abriria todas as portas da Mesquita de Al-Aqsa caso a polícia da ocupação permitisse novamente a invasão de colonos ao local islâmico, a despeito do surto de coronavírus.
Nos meses recentes, o governo israelense acelerou operações de assentamento na cidade de Jerusalém ao aprovar o estabelecimento de milhares de unidades coloniais, consideradas ilegais segundo a lei internacional.