O Senado dos EUA não conseguiu anular o veto do presidente Donald Trump a uma resolução que restringia sua capacidade de fazer guerra contra o Irã sem autorização do Congresso para ação militar, relata a Reuters.
A votação de quinta-feira foi de 49 a 44 a favor da resolução, mas ficou aquém da maioria de dois terços, ou 67 votos, necessária para anular o veto no Senado.
A resolução, liderada pelo senador democrata Tim Kaine foi aprovada no Senado e na Câmara dos Deputados pelos democratas no início deste ano, com o apoio de democratas e republicanos, apesar da oposição de Trump.
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Trump vetou a matéria na quarta-feira, chamando-a de insulto e acusando os democratas de tentarem aprová-la por razões políticas, embora a medida tenha sido proposta também por alguns dos colegas republicanos de Trump.
Kaine respondeu dizendo que o Congresso está fazendo seu trabalho tentando afirmar sua autoridade para incidir sobre uso da força militar.
“Não é um esforço partidário. Foi bipartidário desde o início ”, disse Kaine a repórteres em uma teleconferência antes da votação.
“Foi introduzido para impedir uma corrida a uma guerra desnecessária”, disse ele.
Trump também afirmou que, como comandante em chefe, ele precisava reter ampla autoridade para ação militar contra o Irã. Trump retirou os Estados Unidos em 2018 do acordo nuclear internacional com a República Islâmica firmado com seu antecessor democrata, Barack Obama, e vem realizando uma campanha de “pressão máxima” contra o governo de Teerã.
bama, and has been waging a “maximum pressure” campaign against the Tehran government.
A resolução sobre os poderes de guerra foi proposta semanas depois que Trump ordenou um ataque, em janeiro, que matou o principal comandante militar iraniano Qassem Soleimani no aeroporto de Bagdá. A ação no Iraque suscitou temores de renovados conflitos no Oriente Médio e frustrou membros do Congresso de ambos os partidos, que disseram não ter sido suficientemente informados sobre a decisão.
Foi o sétimo veto em três anos da presidência de Trump. Nenhum foi revertido. Os colegas republicanos de Trump, que detêm uma maioria de 53 a 47 assentos no Senado, raramente rompem com o presidente.
A medida exigiria que Trump removesse as tropas americanas envolvidas em hostilidades contra o Irã, a menos que o Congresso declarasse guerra ou autorizasse específicaente o uso da força militar.
Esta foi a mais recente de uma série de tenativas recentes de parlamentares de ambos os partidos – durante a presidência de Obama e também sob Trump – de recuperar o direito constitucional do Congresso de declarar guerra.
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