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Sudão confisca imóveis da família de Bashir e encerra contratos privados do antigo regime

Exército do Sudão remove al-Bashir [Arabi21]

Um ano após a deposição do Presidente Omar al-Bashir, como resultado de quatro meses consecutivos de protestos populares, o Comitê de Reforma Anticorrupção do Sudão anunciou na quinta-feira (7) que recuperou e confiscou uma série de bens imobiliários da família do ex-ditador e de seus ministros, além de encerrar contratos com diversas empresas pertencentes a ex-oficiais do estado. As informações são da agência Anadolu.

Yasser Abdul Rahman Hassan Atta, presidente da comissão e membro do Conselho de Soberania, em coletiva de imprensa realizada na capital Cartum, destacou: “O trabalho do comitê pretende abrir portas a investimentos honestos no país e criar um ambiente livre de corrupção e de pessoas corruptas, a fim de preservar os interesses nacionais”.

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O membro do comitê Salah Mana ainda anunciou o término do contrato do governo sudanês com a empresa de viagens Grand Holiday, em Cartum, onde a administração dos serviços passará ao poder público.

Mana declarou que o comitê decidiu “dissolver o conselho de diretores de diversas empresas, em particular: a Sociedade de Aeroportos do Sudão, a Companhia do Aeroporto Internacional de Cartum, a corporação de Aeroportos Regionais do Sudão Cia. Ltd., a construtora Almatarat, a Consultoria de Engenharia de Aeroportos Cia. Ltd. e a Academia de Ciências e Tecnologias de Aeroportos.”

O comitê encerrou ainda o contrato entre a Companhia do Aeroporto Internacional de Cartum e a empresa de operações aéreas SAS, propriedade de figuras influentes no antigo governo. O contrato previa serviços de operação de salas VIP no aeroporto da capital sudanesa.

Taha Othman, também membro da comitê, anunciou a decisão de recuperar terras e bens imobiliários de irmãos do ex-presidente sudanês, além de vinte propriedades de terra e imóveis de seu genro, Nour Al-Daem Ibrahim Mohamed.

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Seu colega, Wajdi Saleh confirmou que a propriedade das terras confiscadas, estimadas em 92.000 metros quadrados, foi transferida ao Ministério das Finanças do Sudão.

Saleh indicou que o comitê responsável por supervisionar investigações sobre crimes de corrupção relacionados às reservas públicas do país, cometidos pelo ex-presidente e membros de sua família, decidiu cancelar o registro da Organização Filantrópica Mayman e confiscar seus bens e recursos, incluindo imóveis.

Extensão do fechamento de Cartum

Em contexto distinto, fontes relataram à Reuters que o Alto-Comitê de Emergência do Sudão, incumbido de combater a crise do coronavírus no país, recomendou nesta quinta-feira ao Conselho de Segurança e Defesa estender o fechamento total da província de Cartum por mais dez dias, a contar deste domingo (10).

Até então, o Sudão registrou apenas 930 casos do novo coronavírus e 52 mortes. Entretanto, espera-se que o Conselho de Segurança e Defesa chegue a uma decisão final sobre as medidas de fechamento até sexta-feira (15).

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