Israel tentou obstruir tentativas de atenuar as sanções internacionais impostas ao Irã e impedir a entrega de ajuda humanitária ao país, reportou ontem (10) o jornal israelense Haaretz.
Segundo fontes diplomáticas, Israel procurou preservar a política de “pressão máxima” imposta sobre o Irã, mesmo em meio à crise do coronavírus, ao enfatizar que “mesmo se houver ajuda, deve-se garantir que seja direcionada ao combate à doença.”
De acordo com a reportagem, Israel considera que a campanha do Irã para aliviar restrições e sanções econômicas, sob justificativa de combater a pandemia, busca atingir dois objetivos paralelos: primeiro, liberar fundos iranianos mantidos em bancos no exterior e obter ajuda internacional; segundo, atacar a própria legitimidade das sanções impostas. Entretanto, os esforços iranianos ainda não obtiveram êxito, acrescentaram as fontes.
Um diplomata não identificado afirmou: “O Irã está usando o coronavírus como pretexto para suspender sanções”.
Além disso, Israel manteve em curso suas atividades e esforços diplomáticos para frustrar qualquer presença iraniana na Síria.
Todos estes esforços, segundo o Haaretz, voltam-se a impedir o encerramento do embargo de armas aprovado sobre o Irã pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, cujo prazo de expiração está previsto para outubro. Caso suspenso, o Irã poderá comprar armas da Rússia e China de modo convencional.
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