Tawakkol Karman, ativista de direitos humanos iemenita e vencedora do prêmio Nobel da Paz, revelou estar submetida a uma campanha generalizada de incitações e ameaças por parte da imprensa saudita e seus aliados.
Em sua página do Twitter, Karman denunciou a campanha contra ela e afirmou ter medo de encontrar o mesmo destino de Jamal Khashoggi, jornalista saudita radicado nos Estados Unidos, morto no Consulado da Arábia Saudita em Istambul, Turquia, em outubro de 2018.
“Estou sob intimidação generalizada e terrível incitação por parte da imprensa saudita e seus aliados. O mais importante agora é que eu esteja segura da mesma serra que retalhou o corpo do falecido Jamal Khashoggi. Vou à Turquia e considero este um comunicado à opinião pública global”, escreveu Karman.
اتعرض لتنمر واسع وتحريض فظيع من قبل الإعلام السعودي الموجه وحلفائه، المهم أن أسلم من المنشار الذي قُطعت به جثة المرحوم جمال خاشقجي، أنا ذاهبة إلى تركيا وأعتبر هذا بلاغ للرأي العام العالمي.
— Tawakkol Karman (@TawakkolKarman) May 11, 2020
Recentemente, contas egípcias e sauditas nas redes sociais convocaram uma campanha ampla de boicote ao Facebook, após a empresa indicar Karman como parte de seu conselho de supervisão de conteúdo, para o próprio Facebook e o Instagram.
Apoiadores de Karman logo reagiram. No domingo (10), “Eu apoio Tawakkol Karman” tornou-se um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, no Oriente Médio.
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