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FBI acidentalmente expõe ligação de diplomata saudita com o 11 de setembro

13 de maio de 2020, às 09h45

As torres do World Trade Center em Nova York após impacto do vôo 175 da United Airlines em 11 de setembro de 2011 [TheMachineStops/ Flickr]

O Federal Bureau of Investigation (FBI) divulgou acidentalmente o nome de um diplomata saudita suspeito de ajudar dois seqüestradores da Al-Qaeda nos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos EUA, informou o Yahoo News nesta terça-feira.

O erro foi cometido em uma declaração de um funcionário do FBI em resposta a um processo movido por famílias de vítimas do 11 de setembro que dizem que o governo saudita estava envolvido nos ataques.

O pedido de Jill Sanborn, diretor assistente da divisão de contra terrorismo do FBI, foi divulgado em abril, aberto no final da semana passada, segundo o Yahoo News.

Mussaed Ahmed al-Jarrah foi erroneamente nomeado na declaração. Al-Jarrah era um funcionário de nível médio do Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita que estava designado para a embaixada em Washington, entre 1999 e 2000.

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Ele estava encarregado de supervisionar as atividades dos funcionários do Ministério de Assuntos Islâmicos em mesquitas e centros islâmicos financiados pela Arábia Saudita nos EUA, segundo o relatório.

As autoridades acreditam que Al-Jarrah instruiu duas pessoas – Fahad al-Thumairy, um clérigo, e Omar al-Bayoumi, um suposto agente saudita – para ajudar dois dos seqüestradores a se instalarem nos EUA em janeiro de 2000, antes dos ataques.

O paradeiro de Al-Jarrah permanece desconhecido, mas acredita-se que ele esteja na Arábia Saudita.

Isso mostra que há um encobrimento completo do governo do envolvimento saudita. É um estrago gigante,

Brett Eagleson, porta-voz das famílias, disse ao Yahoo News

O Yahoo News informou que entrou em contato com o Departamento de Justiça na segunda-feira, mas autoridades peticionaram ao tribunal e retiraram a declaração do FBI do documento público.

“O documento foi arquivado incorretamente neste caso”, diz o relatório.

Os ataques terroristas de 11 de setembro, planejados pelo líder morto da Al Qaeda, Osama bin Laden, levaram à morte de 2.753 pessoas quando membros do grupo terrorista sequestraram duas aeronaves e as atingiram no World Trade Center de Nova York, destruindo os imponentes prédios e lançando nuvens de detritos pela cidade mais populosa dos EUA.

Um terceiro avião atingiu o Pentágono nos arredores de Washington e um quarto caiu em um campo em Shanksville, Pensilvânia.

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