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Rússia faz investigação própria sobre o ataque com armas químicas na Síria

13 de maio de 2020, às 12h15

Criança síria recebe tratamento depois de ataque feito pelas forças do governo, sob suspeita de uso de gás cloro em Idlib, Síria, em 4 de abril de 2017 (Bahjat Najar/Agência Anadolu)

A Rússia está realizando sua própria investigação sobre os supostos ataques de armas químicas em 2017 na Síria, após a conclusão, no mês passado, pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPCW), da investigação que os atribuiu à Força Aérea Síria. As revelações foram condenadas por Damasco como “enganosas”, e de conterem “conclusões falsas e fabricadas”, rejeitadas por Moscou.

O relatório de 82 páginas da OPCW foi publicado em 8 de abril e constatou que a Força Aérea Síria jogou bombas contendo gases de cloro ou sarin em um hospital e áreas agrícolas abertas na cidade central de Latamneh, matando três e ferindo mais de 70 pessoas.

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O representante permanente da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, disse a repórteres ontem que as conclusões das investigações de Moscou serão compartilhadas com o mundo.

“Estamos conduzindo nossa própria investigação especializada e compartilharemos seus resultados com vocês e a comunidade internacional”, disse Nebenzia durante uma entrevista em vídeo.

A equipe de identificação recém-criada pela OPCW foi considerada pela Rússia como tendo sacrificado sua integridade ao servir os interesses geopolíticos ocidentais, argumentando que o órgão de investigação viola a Convenção sobre Armas Químicas, pois apenas o Conselho de Segurança da ONU tem esses poderes, segundo a Sputnik.

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Ataque químico na Síria [Sabaaneh/ Monitor do Oriente Médio]