O representante doComitê Judaico Americano, Steven Bayme, foi acusado de racismo ao declarar que o casamento entre judeus e não judeus é uma “tragédia” para Israel porque apresenta uma “crise” para o núcleo do apoio político ao estado sionista.
Famoso nos EUA, Bayme já foi incluído três vezes na lista anual dos 50 principais líderes judeus que “fazem a diferença”, pelo jornal judaico-americano The Forward. Ele fez suas declarações durante um discurso sobre uma “crise” na comunidade judaica americana, alegando que “o casamento misto ameaça o futuro judaico”. Seu discurso foi capturado em um vídeo em que ele alerta a comunidade sobre a diminuição do número de judeus com forte afinidade com o estado de Israel.
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A “tragédia”, segundo Bayme, é que mais de 70% dos judeus não-ortodoxos estão se casando com não-judeus: “Perdemos 2 milhões de judeus nos últimos 25 anos”. Ele quer impedir essa tendência restaurando a tradicional desaprovação oficial da prática.
No vídeo publicado pela Mondoweiss, Bayme cita repetidamente a ameaça ao apoio a Israel, porque os cônjuges não judeus, afirma ele, fomentam a alienação judaica do estado de ocupação colonial.
Bayme sugere que os judeus mais jovens estão se distanciando de Israel e que essa tendência é mais aguda nas famílias mistas. Isso, ele diz, representa uma ameaça para o estado. “Obviamente, o perigo é que, se a causa de Israel se tornar uma causa ortodoxa, isso será uma tragédia para o povo judeu, uma tragédia para o estado de Israel e, francamente, uma tragédia para os judeus americanos”.
O casamento intermediário corrói a comunidade judaica mais organizada da história, insiste Bayme, referindo-se à sua própria comunidade. “Os movimentos conservador e reformista representam a espinha dorsal da arquitetura da vida judaica.” – diz.