Forças de ocupação israelenses invadiram e demoliram currais de gado pertencentes a beduínos palestinos nas aldeias de Al-Baqaa, no norte do vale do Jordão, na Cisjordânia ocupada, informou a agência de notícias Wafa.
O ativista local de direitos humanos, Aref Daraghmeh, disse que as forças de ocupação invadiram a área de Al-Baqaa, antes de destruir e confiscar tubulações pertencentes a um morador local, identificado como Mowaffaq Daraghma.
Ele também disse que as várias cercas de gado demolidas durante o ataque na área de Ras Al-Ahmar pertenciam ao fazendeiro local Jarrah Bani Odah.
Os moradores dessas comunidades ganham a vida criando gado e pastoreio, explicou, acrescentando que as ações da ocupação são um esforço para forçá-los a sair de suas terras.
O vale do Jordão representa cerca de um terço da área total da Cisjordânia ocupada.
Agricultores e pastores no território já estão sofrendo com uma economia desacelerada que já estava em crise, devido à pandemia de coronavírus.
As duas áreas estão sujeitas a frequentes invasões israelenses, incluindo a demolição de casas, estruturas e celeiros, além do nivelamento de terras agrícolas e áreas de pastagem, em meio a constantes planos para construir e expandir os assentamentos ilegais de Israel nas terras palestinas, violando diretamente o direito internacional .
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que o governo discutirá a partir de julho a soberania sobre o vale do Jordão ocupado e assentamentos judeus ilegais na Cisjordânia.
O “acordo do século” anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em janeiro, indica o reconhecimento dos Estados Unidos para essa medida, ao mesmo tempo em que prevê um estado palestino desmilitarizado.
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