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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Encontros virtuais na América Latina marcam 72 anos da catástrofe palestina

https://www.monitordooriente.com/20200516-no-dia-da-nakba-seminario-aponta-desafios-da-luta-palestinas/

O Dia da Nakba foi lembrado em todo mundo nesta quinta-feira, 15 de maio, 72º aniversário da expulsão do povo palestino e processo de limpeza étnica que marcaram a criação de Israel.  Em 1948, mais de 500 cidades e vilarejos foram destruídos por grupos paramilitares judeus e depois pelo próprio Estado de Israel durante meses de violentos ataques que provocaram um êxodo em massa da população local, criando um marco fundamental na tomada sionista da Palestina.

Devido à pandemia do coronavírus, os eventos deste ano que marcam a passagem da Nakba na Palestina e ao redor do mundo foram realizados de modo virtual, com uso da internet. Na América Latina, vários eventos online trataram da história de resistência e as lutas atuais contra a ocupação israelense.a exemplo da live organizada pelo BDS Colômbia para discutir questões de gênero na luta palestina. A mesa sobre militarismo e gênero foi organizada no âmbito do Festival virtual Antimilitarista.

Debate sobre a mulher palestina fez parte do Festival Virtual Antimilitalista

Outro evento online foi organizado na Argentina e moderado pela missionária parlamentar Julia Argentina Perié, membro do Parlasur, reunindo vários parlamentares e participantes do Chile, Honduras, Guatemala, Costa Rica, El Salvador, Equador, Peru, Colômbia, México, Panamá, Paraguai, Venezuela, Bolívia, Brasil e Uruguai. Entre os expositores, o diretor executivo da Federação Palestina no Chile, Anuar Majluf fez uma referência cronológica aos eventos sangrentos vividos pelo povo palestino desde o século passado, com uma descrição dos eventos desde 1948.

Debate moderado na Argentina reuniu palestrantes de vários países latino americanos.[Frame do Zoom]

O escritor argentino Gustavo Rojana lamentou que as vítimas da Nakba pessoas tenham sido submetidas ao sofrimento por dezenas de anos até hoje. Fernando Garzón,

um acadêmico equatoriano, falou da luta presente, com foco na luta dos refugiados e na covid-19, denunciando Israel por destruir centros de atenção, hospitais e clínicas de saúde dos palestinos, hoje vitais para proteger a população contra o vírus.

Para a moderadora Julia Perié a pandemia global é mais uma tragédia na situação já angustiante do povo palestino e onde milhares de mulheres e crianças sofrem.

LEIA: No Dia da Nakba, seminário aponta desafios da luta palestinas

Neste sábado, as atividades continuam, a exemplo da live que delcara a Federação de Estudantes da Universidade Austral do Chile como um território livre do apartheid israelense. O evento reuniu a ex-presidente da entidade, Valetina Gatica Gomez, e a atual, Fernanda Perez Sepúlveda, e foi realizado em parceria com o movimento BDS. “Essa declaração significa que, pela primeira vez na histórida, a máxima representação estudandil de uma universidade do Chile e da América Latina toma a decisão de aderir à campanha internacional de boicote acadêmico à Israel”, explica o colombiano palestino Saaid Jamis Tovar. O Monitor do Oriente Médio (Memo) também organizou, juntamente com o Fórum Latino-Palestino, o seminário Sionismo e limpeza étnica do povo palestino com participantes internacionais.

Cartaz divulga atividade de adesão de entidade estudantil chilena ao BDS acadêmico [FEUACh]

Além das lutas históricas iniciadas já na resistência contra a Nakba, participantes lembraram as ameças e campanhas atuais, especialmente contra o Acordo do Século de Donald Trump, os planos de anexação de partes da Cisjordânia, Vale do Jordão e Jerusalém, e a campanha Boicote, Desinvestimento e Sanções.

Manifestos internacionais também circularam entre os movimentos latino americanos, a exemplo da declaração iniciada por grupos britânico-palestinos demonstrando uma forte solidariedade com os palestinos. No texto, os signatários lembram que Jerusalém e Al-Aqsa continuam no centro da luta por justiça e direitos humanos e pela nação palestina. Afirmam também que o retorno à Palestina é um direito inalienável do povo palestino e não será renegado. Rejeitando todas as iniciativas e projetos destinados a liquidar a questão palestina ou diminuir os direitos do seu povo, a moção aponta como o principal desses projetos é o chamado “Acordo do Século”, contra o qual o povo palestino tem direito de resistir usando todo e qualquer meio disponível no direito internacional.

Além de lembrar a continuidade das lutas desde a Nakba, o documento expressa solidariedade e pede apoio internacional aos cinco mil palestinos mantidos nas prisões de Israel.

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Palestina: quatro mil anos de história
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