O Governo de União Nacional da Líbia, reconhecido internacionalmente, capturou nesta segunda-feira (18) uma base aérea estratégica das forças rivais do general renegado Khalifa Haftar, representando os últimos avanços da campanha para repelir a ofensiva em Trípoli.
Mohamed Qanunu, porta-voz militar do governo líbio, confirmou a captura da base no Twitter.
A captura da base aérea de Al-Watiya, localizada a cerca de 25 quilômetros de distância da fronteira com a Tunísia, controlada por Haftar desde 2014, foi assegurada em área estratégica para as forças do governo que, segundo relatos, poderá lhes permitir concentrar esforços em repelir as tropas de Haftar do sul de Trípoli.
A vitória é parte da recente contra-ofensiva lançada pelo governo para defender-se da tentativa de golpe e da invasão de Haftar, após sucessivas missões bem sucedidas das tropas oficiais do país, responsáveis por capturar uma série de localidades e cidades estratégicas nas últimas semanas.
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A captura da base sucede ainda a destruição, pelo exército líbio, de três sistemas de defesa do tipo Pantsir, fabricados na Rússia e fornecidos pelos Emirados Árabes Unidos, sob uso militar de Haftar, no decorrer do fim de semana.
Após a deposição e morte do ex-ditador líbio Muammar Gaddafi, em 2011, o país entrou em estado de guerra civil. Dois centros de poder emergiram na Líbia: o Governo de União Nacional, apoiado pela ONU, no oeste do país, e o chamado Exército Nacional da Líbia, de Haftar, no leste do país, que luta para controlar o restante do território.
Apesar do governo receber assistência militar da Turquia e apoio oficial de outros países da comunidade internacional, tropas de Haftar recebem suporte direto de diversos patrocinadores estrangeiros, como Emirados Árabes Unidos, Rússia, Arábia Saudita, Egito e Síria.
Na última semana, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que exerceu papel majoritário na queda de Gaddafi, anunciou oficialmente seu apoio ao Governo de União Nacional, liderado pelo Primeiro-Ministro Fayez al-Sarraj.
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