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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Iniciativa humanitária britânica exige investigação sobre confisco de assistência a Gaza

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A organização humanitária Human Aid, com sede no Reino Unido, escreveu à corregedoria policial britânica reivindicando abertura de investigação sobre casos de abuso policial cometidos contra voluntários ligados a Gaza, além do confisco de doações em dinheiro, no ano passado. As informações são da rede Middle East Eye.

A entidade assistencial britânica registrou uma reclamação no Gabinete Independente de Conduta Policial (IOPC) nesta segunda-feira (18), após incidente no Aeroporto Internacional de Londres-Heathrow, em 9 de julho de 2019.

O incidente decorreu em bloqueio e confisco de aproximadamente £15.000 (US$18.300) destinadas à Faixa de Gaza sitiada, sob determinação da Lei de Terrorismo de 2000, que permite à polícia deter e interrogar indivíduos em travessia de fronteira, incluindo aeroportos.

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O dinheiro foi então devolvido em sua integridade, o que levou a organização humanitária a escrever uma carta destinada a Cressida Dick, chefe da Polícia Metropolitana de Londres, em apelo por um pedido de desculpas oficial pelo equívoco.

O organização descreveu o confisco como “incidente grave” e, segundo relatos, acionou seus advogados para ressarcir seus recursos financeiros. Declaração da entidade emitida em 2019 descreveu o bloqueio como “severo” e alegou que o uso de força revela o aspecto “sintomático do assédio desproporcional enfrentado por entidades islâmicas”.

Segundo a rede Middle East Eye, Nur Choudhury, presidente do Human Aid, afirmou:

Trabalhadores humanitários foram tratados como criminosos e traumatizados pelo incidente. Foram revistados, interrogados e tiveram suas impressões digitais e DNA extraídos [pela polícia], além de detidos por horas e horas.

“Quem exerce serviço público para beneficiar os menos afortunados aqui e no exterior, sob frequente risco pessoal, deveria receber apoio e elogios, e não tratamento ainda pior do que aquele destinado aos criminosos na Grã-Bretanha”, prosseguiu Choudhury.

A rede Civil Society alegou, no entanto, que a entidade foi alertada contra transportar grandes quantidades de dinheiro vivo um dia antes dos voluntários serem abordados pela polícia. De acordo com as informações, a Comissão para Entidades Filantrópicas do Reino Unido visitou os escritórios da Human Aid em 8 de julho, para discutir procedimentos no envio de dinheiro.

Em comunicado, Choudhury mencionou operações em zonas de guerra como razão para transporte de grandes quantias de dinheiro vivo e reiterou: “Há provisões perfeitamente legais para gestão de tais operações. Para auxiliar entidades humanitárias neste quesito, a Comissão possui procedimentos rígidos que seguimos atenciosamente.”

Em 2019, a Comissão para Entidades Filantrópicas lançou pela segunda vez um inquérito estatutário contra operações da Human Aid para o período de cinco anos. Em declaração à rede de notícias East London Advertiser, a entidade denunciou que tais iniciativas do governo britânico revelam um “padrão de assédio” contra organizações humanitárias.

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O primeiro inquérito, conduzido entre 2014 e 2017, não revelou “nenhuma evidência de mau uso de recursos filantrópicos”, mas solicitou melhor documentação sobre o uso dos fundos.

Segundo a reportagem do Middle East Eye, apesar dos apelos para que as investigações sobre o Human Aid sejam revogadas, após devolução dos recursos à entidade, o inquérito policial permanece “aberto e em curso”.

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