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Trump desmonta inquérito sobre vendas de armas à Arábia Saudita, relata congressista

Inspetor-Geral do Departamento de Estado dos Estados Unidos Steve Linick, na capital Washington DC, em 2 de outubro de 2019 [Win McNamee/Getty Images]

O Presidente dos Estados Unidos Donald Trump demitiu o Inspetor-Geral do Departamento de Estado Steve Linick, responsável por investigar a decisão executiva de declarar emergência de segurança nacional, em 2019, a fim de justificar a venda de armas à Arábia Saudita.

A denúncia foi feita por Eliot Engel, presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes. Engel reportou ainda que o valor do acordo armamentício em questão alcançou US$8.1 bilhões.

O parlamentar declarou que Trump demoveu Linick em carta, alegando perda de confiança em sua capacidade para exercer o cargo.

“Descobri que pode haver outra razão para a demissão de Linick”, relatou Engel. “Seu gabinete estava investigando – a meu pedido – a espúria declaração de emergência anunciada por Trump, com o propósito de vender armas à Arábia Saudita.”

Prosseguiu: “Não temos ainda o quadro geral, mas é preocupante que o Secretário [de Estado] Mike Pompeo desejasse a remoção de Linick antes de concluir seu trabalho. A administração deve se submeter ao inquérito lançado por mim em parceria com o Senador Bob Menendez e entregar todas as gravações requisitadas pelo departamento até sexta-feira (22).”

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Em maio de 2019, Trump anunciou estado de emergência a fim de sobrepor-se a objeções do Congresso à venda de armas a países como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, entre outros.

Membros do Congresso protestaram contra o alto índice de baixas civis no Iêmen, decorrente da violenta campanha aérea liderada pela coalizão saudita sobre o país, além de diversas violações de direitos humanos, como o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, radicado em Washington, no consulado da Turquia. Desde então, parlamentares americanos tentam obstruir vendas de equipamentos militares à coalizão saudita-emiradense.

No sábado (15), Engel anunciou a abertura de nova investigação sobre a demissão de Linick, em parceria com Menendez, a ser conduzida pelo Comitê de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos.

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