Médicos no Sudão ameaçaram fazer greve em protesto contra ataques repetidos a profissionais de saúde de plantão em hospitais,conforme um comunicado do Gabinete Unificado dos Médicos, da União Legítima dos Médicos e do Comitê de Especialistas e Consultores divulgado na quinta-feira.
Os médicos pediram que chefe do Conselho Soberano, Abdel Fattah Al-Burhan, e o Primeiro Ministro, Abdalla Hamdok, protejam os médicos, promulguem legislação que garanta sua segurança e adotem medidas punitivas contra quem os atacar.
O documento estipulou prazo até este sábado à noite para as autoridades sudanesas atenderem suas demandas, ameaçando com a retirada coletiva dos médicos dos hospitais e início de greve.
“Se esta legislação não for promulgada agora, todos vocês terão as consequências”, acrescentaram os médicos em seu comunicado.
Essa escalada coincide com os temores locais e internacionais de um possível colapso do setor de saúde do Sudão em meio à disseminação do coronavírus, especialmente devido à escassez de equipamentos de proteção médica, o que levou vários integrantes das equipes médicas a contrair o vírus.
Os médicos se queixaram repetidamente sobre o aumento dos ataques contra eles durantes os plantões por parentes de pacientes ou pelo pessoal do exército.
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