Redes de imprensa na Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos (EAU) e Egito lançaram uma campanha sistemática contra Rached Ghannouchi, considerado líder intelectual do Movimento Ennahda (Renascimento), na Tunísia. As informações são da agência Anadolu.
O movimento de mídia foi descrito por críticos como contrarrevolução, a fim de difamar Ghannouchi e desestabilizar a política nacional tunisiana, encabeçada pelas redes Sky News e Al-Arabiya (financiada pela monarquia saudita), ambas transmitidas em território emiradense. Uniu-se à campanha o jornal egípcio Youm7.Relatos alegaram que Ghannouchi adquiriu fortuna de US$8 bilhões desde seu retorno à Tunísia, após a vitória da revolução de 2011, apesar do fato do orçamento nacional não superar US$16.5 bilhões.
Analistas políticos acreditam que a campanha deseja criar atrito entre o parlamento e a presidência da Tunísia, a fim de polarizar a política nacional entre blocos partidários e desestabilizar instituições do estado.
LEIA: Ghannouchi da Tunísia diz que “não há espaço para conflitos enquanto se enfrenta o coronavírus”