Neste domingo (24), o Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan reiterou o apoio de seu país à Palestina diante da celebração de todo o mundo islâmico do feriado de Eid al-Fitr, que marca o fim do mês sagrado do Ramadã.
“Não permitiremos que as terras palestinas sejam concedidas a mais ninguém”, declarou Erdogan em mensagem por vídeo compartilhada no Twitter, endereçada particularmente a muçulmanos dos Estados Unidos.
“Gostaria de reiterar que al-Quds al-Sharif, lugar sagrado das três religiões e nossa primeira qibla [direção da prece islâmica], é a linha vermelha para os muçulmanos do mundo”, reafirmou o presidente turco, em referência à Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém ocupada. Sionistas alegam que o local trata-se do chamado Monte do Templo, local sagrado judaico da Antiguidade. Jerusalém também abriga a Igreja do Santo Sepulcro, ícone da tradição cristã.
Prosseguiu Erdogan:
“Está claro que a ordem global fracassou em produzir justiça, paz e serenidade”
President @RTErdogan’s message for U.S. Muslims on Eid al-Fitr:
“I congratulate my American Muslim brothers and sisters’ Eid al-Fitr on behalf of the citizens of the Republic of Turkey.” pic.twitter.com/WvwGq53P79
— Turkish Presidency (@trpresidency) May 24, 2020
“Na semana passada, testemunhamos um novo projeto de ocupação e anexação, que desconsidera a soberania palestina e a lei internacional, posto em ação por Israel”, acrescentou o presidente turco.
No decorrer de maio, Israel anunciou avanços em seus planos de anexação sobre grande parte da Cisjordânia ocupada. O projeto deverá avançar a partir de 1° de julho, conforme acordo de coalizão assinado entre o Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu e seu ex-adversário eleitoral Benny Gantz, chefe do partido Azul e Branco (Kahol Lavan).
O plano atraiu indignação global e repúdio expressivo da Turquia, em particular.
A Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, é definida como território ocupada sob a lei internacional; portanto, todos os assentamentos na região, assim como projetos de expansão e anexação, são terminantemente ilegais.
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