Maher Salah, chefe do Gabinete de Diáspora do Hamas, confirmou nesta segunda-feira (25) que a questão e libertação dos prisioneiros palestinos na Arábia Saudita é uma prioridade para a liderança do movimento.
Salah emitiu mensagem ao cidadãos palestinos sob custódia das autoridades sauditas em ocasião do Eid al-Fitr, feriado que marca o fim do Ramadã. O comunicado foi compartilhado no website oficial do movimento.
Declarou Salah: “Tenha confiança de que nossa liderança está trabalhando incansavelmente para assegurar sua soltura, de modo que possa desfrutar novamente de sua liberdade e reunir-se com seus familiares.”
O oficial do Hamas sugeriu que “o movimento não poupou esforços para alcançar este objetivo, por todos os meios e vias que nos são disponíveis: político, diplomático, jurídico, popular, entre outros.”
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Prosseguiu: “Os detentos aprisionados injustamente ou sem qualquer razão a não ser apoiar ou trabalhar com aqueles que buscar libertar nossa terra e locais sagrados dos domínios de uma ocupação criminosa e hedionda, para que todos possamos retornar à Palestina.”
“Temos fé de que nossa nação trará sementes do bem até o Dia da Ressurreição. Haverá um dia em que a situação deverá recuperar seu curso natural, em que os palestinos reconquistarão seus direitos e que os oprimidos verão seus opressores pagarem pelas injustiças cometidas.”
Salah destacou que “nosso povo, que hoje realiza os maiores sacrifícios no território palestino, fará ainda mais em toda a região, até a restauração plena de nossa terra e lugares sagrados.”
O oficial prometeu aos detentos: “O movimento continuará a trabalhar para tirá-los da prisão”.
A Arábia Saudita prendeu arbitrariamente dezenas de estudantes, acadêmicos e residentes palestinos em seu território, no decorrer do último ano, incluindo Muhammad Al-Khodari, representante do Hamas em território saudita, sem apresentar qualquer acusação formal.
Alguns dos prisioneiros, cujo destino é desconhecido, foram julgados prévia e arbitrariamente, destacam organizações de direitos humanos.
Segundo a agência Quds Press, em 8 de março, autoridades sauditas deram início ao julgamento de 62 palestinos, alguns dos quais detentores de passaportes jordanianos, que residem no reino.
Apesar das constantes tentativas do Hamas de comunicar-se com oficiais sauditas, ao passo que solicita a soltura dos detidos, a monarquia responde a tais apelos ao escalar ainda mais as medidas repressivas contra os presos palestinos.
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