Ontem, o Iraque prometeu investigar casos de tortura, seqüestro e desaparecimento forçado entre manifestantes durante protestos no país nos meses anteriores.
Foi uma resposta do governo a um relatório divulgado pela Missão das Nações Unidas no Iraque (UNAMI) no sábado, afirmando que 490 pessoas foram mortas, 7.783 ficaram feridas e outras 25 desapareceram durante manifestações do início de outubro de 2019 a 21 de março de 2020.
O escritório de mídia do primeiro-ministro iraquiano Mustafa Al-Kadhimi disse em comunicado que o governo analisou o relatório especial do Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas no país intitulado “Raptos, torturas e desaparecimentos forçados no contexto de manifestações em andamento no Iraque”.
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O comunicado informa que o governo iraquiano “está comprometido com uma investigação imparcial e independente de todos os eventos mencionados no relatório, de acordo com o currículo ministerial”.
Os ativistas foram submetidos a ataques coordenados, como assassinatos, seqüestros e torturas em locais secretos, desde o início dos protestos populares no início de outubro.
Manifestantes acusam funcionários de corrupção e desperdício de fundos do Estado e pedem que estes sejam responsabilizados.
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