Os Estados Unidos permanecem comprometidos a longo prazo com contratos de defesa assinados com a Arábia Saudita, relatou Sean Robertson, o porta-voz do Pentágono, ao jornal saudita Asharq Al-Awsat.
Forças americanas mantêm “fortes capacidades” para lidar com situações de emergência na região do Oriente Médio, incluindo relacionadas ao Irã, reiterou Robertson.
“Diante da atual crise global, alguns de nossos equipamentos e forças são rotacionados para lidar com ameaças emergentes e manter prontidão”, comunicou o oficial do Pentágono, segundo a publicação Arab News.
Mais cedo, ainda em maio, os Estados Unidos retiraram dois sistemas antimísseis Patriot da Arábia Saudita, o que levou a dúvidas sobre o corte de recursos, forças e equipamentos presentes no país aliado.
LEIA: Trump e o rei saudita reafirmam laços na área de defesa em meio a tensões
Entretanto, Robertson declarou ao Asharq Al-Awsat que o Departamento de Defesa “está realizando trabalhos de rotina na gestão de seu poder em todo o mundo”. E continuou: “Continuamos a trabalhar junto da comunidade internacional e das forças armadas sauditas para fortalecer as capacidades de defesa aérea na região”.
Embora Estados Unidos e Arábia Saudita – grande exportador de petróleo – mantenham uma aliança histórica, com apoio crítico de Washington ao regime monárquico e à família real, este relacionamento passa por escrutínio internacional, pois organizações e ativistas de direitos humanos denunciam enfaticamente a repressão de Riad sobre dissidentes e opositores.
Críticas atingiram um novo ápice após o assassinato de Jamal Khashoggi, o colunista saudita para o jornal americano The Washington Post, dentro da embaixada saudita em Istambul, Turquia, em outubro de 2018.