Ativistas egípcios postaram nas redes sociais um vídeo de uma mulher infectada com covid-19 caída no chão depois que vários hospitais se recusaram a tratá-la, informou o jornal Qatari Al-Sharq na sexta-feira.
O vídeo, que viralizou na internet, mostra a mulher deitada no chão de uma rua egípcia, com a filha ao lado dela.
Segundo a agência Russia Today, o vídeo foi associado a mensagens de indignação dirigidas às autoridades egípcias, questionando os serviços de saúde no país.
A mulher tentou entrar em vários hospitais, mas nenhum deles a admitiu, supostamente por falta de leitos ou medicamentos suficientes.
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Um ativista enviou uma mensagem através de sua conta no Twitter, onde postou o vídeo da mulher no Conselho Ministerial do Egito, Ministério da Saúde e Ministério da Habitação, afirmando que a mulher estava morrendo diante dos olhos das pessoas depois de ter sido negada a entrada em hospitais.
Ele postou um número de telefone para a filha da mulher, pedindo às pessoas que ligassem para ela para oferecer ajuda.
Na quinta-feira, a Reuters informou que médicos egípcios estão sendo detidos devido ao vazamento de informações sobre a deterioração das condições de saúde diante do surto de covid-19.
Médicos afirmaram, segundo a agência de notícias, que as autoridades egípcias estão subnotificando as mortes por covid-19, para esconder as reais consequências do vírus na vida cotidiana do país.
Além disso, relatou médicos queixando-se de não possuir kits de proteção ou os medicamentos e equipamentos médicos necessários para lidar com a covid-19.
A Russia Today divulgou a informação da filha da mulher infectada que teve inicialmente negada a admissão no hospital devido à falta de leitos, de que ela mais tarde foi internada e fez um teste que comprovou que ela estava infectada. Ela havia sido transferida para outro hospital, onde foi negada a entrada e transferida para um terceiro para ser colocada em quarentena. O terceiro hospital negou sua entrada.
A Reuters, de acordo com o jornal Al Sharq, relatou que médicos egípcios foram alertados pelas autoridades egípcias para não vazar informações sobre a covid-19 para a mídia de massa; caso contrário, eles enfrentariam consequências legais.