Ativistas iraquianos lançam campanha para revelar o destino de pessoas desaparecidas

Cidadão idoso segura um cartaz durante protesto contra o governo na Praça Al-Khulani, em Bagdá, Iraque, 6 de março de 2020. No cartaz, um apelo: “Povo livre do mundo, salve o povo iraquiano” [Murtadha Al-Sudani/Agência Anadolu]

Centenas de ativistas e jornalistas iraquianos lançaram uma nova campanha nas redes sociais em apelo para revelar o destino de dezenas de milhares de pessoas desaparecidas à força.

Os ativistas lançaram a hashtag em árabe “Onde estão eles?”, reivindicando que se revele o destino dos iraquianos sequestrados e desaparecidos por diversos partidos e organizações nas últimas décadas.

Em maio, o novo Primeiro-Ministro do Iraque Mustafa Al-Kadhimi ordenou a divulgação pública do destino e localização de milhares de homens e meninos desaparecidos à força durante a guerra com o Daesh (Estado Islâmico).

Na história recente, a primeira onda de iraquianos desaparecidos consiste de indivíduos abduzidos após forças dos Estados Unidos ocuparem o Iraque, em 2003, e a guerra sectária que varreu todo o país, em 2005.

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A segunda onda compreende indivíduos sequestrado depois do Daesh ocupar grandes porções do estado do Golfo, em 2014, e após forças do governo recapturarem o território, em 2017.

A terceira onda é representada por manifestantes contrários ao governo que foram detidos pelas autoridades desde outubro de 2019, quando protestos populares tomaram as ruas do país.

Não há estimativas oficiais sobre o número de desaparecidos no Iraque. Entretanto, em setembro de 2019, o Observatório de Direitos Humanos do Iraque relatou que há aproximadamente 25.000 iraquianos desaparecidos nas províncias de Nínive, Saladin e Ambar.

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