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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Chefe do Mossad visita o Egito em segredo para discutir anexação, segundo relatos

Yossi Cohen, diretor do Mossad, serviço secreto de Israel, em 3 de julho de 2017 [Heidi Levine/AFP/Getty Images]
Yossi Cohen, diretor do Mossad, serviço secreto de Israel, em 3 de julho de 2017 [Heidi Levine/AFP/Getty Images]

Yossi Cohen, diretor do Mossad, serviço secreto de Israel, reuniu-se com o chefe do Serviço de Inteligência Geral do Egito para discutir a anexação ilegal da Cisjordânia ocupada, durante viagem secreta ao Cairo, reportou a rede New Arab.

O chefe da agência secreta israelense encontrou-se com oficiais de alto escalão egípcios para debater termos da anexação de grandes áreas da Cisjordânia ocupada, além da situação em Gaza e do plano de paz do Oriente Médio, proposto pelo Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, entre outros tópicos.

O oficial do Mossad abordou a provável resposta de grupos da resistência palestina – em particular, o Hamas – à anexação de assentamentos ilegais israelenses e do território ocupado do Vale do Jordão. Também debateram a possibilidade da situação “ficar fora de controle”, segundo a reportagem.

Fontes relataram à agência Al-Araby Al-Jadeed que a maior preocupação israelense reside na eventual reação violenta dos palestinos, especialmente sob operações suicidas, tática reiterada pela mídia e pelas autoridades de Israel como comum na Segunda Intifada. O governo em Tel Aviv teme que Jerusalém esteja especialmente vulnerável a tais retaliações.

Conversas entre Cohen e o Major-General Abbas Kamel, liderança do Serviço Geral de Inteligência do Egito, ocorreram na presença do chanceler egípcio Sameh Shoukry.

As discussões seguiram-se de um informe egípcio a oficiais jordanianos, no qual foi abordado diversos pontos levantados pelo chefe do Mossad, segundo fontes próximas ao caso.

Na última semana, o Primeiro-Ministro da Jordânia Omar Al-Razzaz ameaçou reconsiderar as relações de seu país com Israel conforme sejam efetivados os planos de anexação da Cisjordânia ocupada. Reiterou o premiê: “[Amã] não aceitará medidas unilaterais de Israel para anexar terras palestinas”.

LEIA: Comissão de apoio a Jerusalém apela à ONU a parar a expropriação de terras palestinas por Israel

O Rei Abdullah II também alertou Israel que a anexação poderá levar a um “conflito massivo com a Jordânia” e provável término do tratado de paz entre ambos os países, assinado em 1994.

Egito e Jordânia são os únicos países árabes no Oriente Médio a ter acordos de paz oficiais com o estado sionista. O governo no Cairo ocasionalmente busca mediar diálogos entre Israel e grupos palestinos.

O Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu planeja anexar 80% dos assentamentos ilegais da Cisjordânia ocupada, sob “proposta de paz” do governo dos Estados Unidos, anunciada pelo presidente Donald Trump, no início deste ano.

O plano é repudiado por palestinos, além da ampla comunidade do Oriente Médio.

Na última semana, o Presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas anunciou revogação de todos os acordos com Estados Unidos e Israel – “incluindo acordos relacionados à segurança” –, em resposta aos planos israelenses de anexação do território palestino.

LEIA: Embaixada dos EUA alerta cidadãos americanos antes do plano de anexação de Israel

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